A Oxxo, a famosa rede mexicana de lojas de conveniência, está no meio de um furacão de notícias. Fechamento de lojas, problemas de segurança e rumores sobre a saída de um dos sócios são apenas algumas das manchetes que circulam. Mas, o que realmente está acontecendo com a Oxxo? É o fim da sua expansão acelerada no Brasil? Vamos entender a situação atual e os possíveis caminhos futuros da rede.
A Rápida Expansão da Oxxo
A Oxxo chegou ao Brasil através de uma joint venture entre a mexicana Fenza e a brasileira Raízen. Desde então, a rede abriu centenas de lojas, principalmente em São Paulo. O objetivo ambicioso é ter 5.000 lojas no país nos próximos anos. Com mais de 500 lojas inauguradas em apenas três anos, essa meta atraiu a atenção do setor varejista, assustando concorrentes.
Entretanto, essa rápida expansão trouxe críticas e especulações. Afinal, crescer tão rápido pode ser perigoso. A Oxxo começou a enfrentar sérios problemas, principalmente relacionados à segurança em algumas regiões, levando a alterações nos horários de funcionamento.
Desafios de Segurança e Operação
Um dos compromissos da Oxxo era funcionar 24 horas. Contudo, devido às condições de segurança e à necessidade de intervalos para os funcionários, muitas lojas passaram a operar por apenas 23 horas. Isso levantou dúvidas sobre a capacidade da rede de cumprir suas promessas iniciais.
Problemas Financeiros
Os números financeiros também não são animadores. A Oxxo acumulou prejuízos significativos nos últimos anos, totalizando cerca de R$ 41 milhões entre 2022 e 2023. Para financiar sua expansão, a empresa recorreu a uma captação de R$ 300 milhões via certificados de recebíveis, permitindo a abertura de 207 lojas entre 2020 e 2023. Apesar desse crescimento rápido, a situação financeira da rede continua preocupante.
Crescimento Insustentável?
A Oxxo segue abrindo lojas a um ritmo acelerado, mas isso pode não ser sustentável. Com a concorrência de grandes redes, que também estão investindo em lojas menores, a Oxxo pode encontrar dificuldades para se manter competitiva. O exemplo da rede Dia, que teve que fechar várias unidades e passou por recuperação judicial, serve de alerta. A Oxxo opera com um modelo de capital próprio, o que a difere da Dia, que contava com franqueados, mas o risco de uma espiral negativa existe.
O Cenário Econômico e Seus Efeitos
O estado da economia brasileira pode impactar severamente a operação da Oxxo. Se 2025 repetir o cenário de crise de 2016, a rede pode enfrentar dificuldades para manter seu crescimento e equilibrar suas finanças. Durante os anos de crise, o setor de supermercados já registrou retração nas vendas, o que poderia ser um mau presságio.
Rumores de Mudanças na Joint Venture
A situação da Raízen, sócia da Oxxo na joint venture, também é delicada. A empresa pode precisar de liquidez para suas atividades principais e isso levanta a possibilidade de venda de sua participação na Oxxo. Essa mudança poderia ter um impacto profundo no futuro da rede, com a possibilidade de novas parcerias ou mudanças na estrutura financeira.
Buscando Novas Alternativas
Diante de todas essas incertezas, a Oxxo começou a explorar novas formas de receita. A rede está firmando parcerias estratégicas e até alterando a identidade visual de algumas lojas. Essas mudanças visam atrair mais clientes e diversificar os produtos oferecidos. A introdução de marcas próprias, como o café Andate, também faz parte dessa estratégia.
A receita líquida do grupo, que inclui a Oxxo e as lojas Shell Select, passou de R$ 281 milhões para R$ 673 milhões em um ano, mostrando que, apesar das dificuldades, ainda existem oportunidades de crescimento.
O Futuro da Oxxo Está Incerto
Com tantos desafios e um panorama econômico complicado, o futuro da Oxxo se apresenta incerto. A meta de alcançar 5.000 lojas no Brasil agora parece um objetivo mais distante. Será que a Oxxo conseguirá se adaptar e se consolidar no mercado? Comente abaixo sua opinião sobre o futuro da Oxxo. Você acha que a rede conseguirá se estabelecer ou será que o projeto está grande demais?